sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

 


Canção da aventura


Quero entoar uma canção...

Uma canção de alegria... da cor do amanhecer

Com melodia ritmada ao som de uma caipirinha...


Quero cantar até o mar me ouvir

Quero beber as ondas das tardes...

E depois, quero dormir na praia...


Não importa se eu durma na praia ou se eu caia

Porque ao meu lado dorme uma linda aventura

É a mais perfeita sintonia com seus olhos de pureza...


Mas hão de gritar pelas regras e pela moral correta...

Mas eu? Que direi eu? “Pros infas” com tudo isso...

Quero rir, admirar, desejar e gritar: É bom viver!!!!

quinta-feira, 17 de março de 2022

MELODIA

 


MELODIA
Horas inexatas de uma Sintonia sem Dó
Fundamentos de Acordes Ritmados na dor
Ausências de uma Melodia de contrapé
Assim foi sua Partitura "ma non troppo"
Que num Ritmo sem cadência deixou-me só
Embalando a Clave do vento e da maré...
Resta-me a distância infinita amarume
Semelhante a um Lá que nunca afina
A uma Fermata que agoniza e não termina
Acudida por uma Pausa quase implume!!
Por fim, à rima de dias sem Escalas e sem Pautas
Vou me consumindo à velocidade de Mínimas encurraladas
Sua Partitura encerrou-se e emudeceu minhas flautas
Foi o último solfejo das óperas desafinadas...



E disseram

 


Disseram que todos deveriam ficar em casa. E eu, onde devo me esconder? O asfalto é o meu piso, o viaduto meu telhado, a chuva meu chuveiro...

As tribos

 As tribos


Ah!! As tribos!! Nelas, a presença do outro transmitia o significado da existência, do pertencimento, do compartilhamento da luta pela vida. Hoje, deparo-me com os ícones mórbidos “printados” na tela azul os quais revelam a existência de um "outro" que já não tem predisposição para compartilhar nada. Um outro que não quer pertencer a nada. Um outro que é regulado, controlado e acautelado pelo essencial: os tópicos! Tópicos cada vez mais vazios, sem vida e ausentes do desejo.

Ah! Que saudades de compartilhar uma fogueira, de compartilhar as cismas da noite escura e cheia de mistérios. Nas tribos, a constatação da vida era dada pelo ritmo acelerado do coração batendo ante ao inusitado. Ah! As sociedades das relações mecânicas exigiam o compartilhamento: do desconhecido, das histórias, das fases da lua, dos símbolos da natureza, do conhecimento e, essencialmente, dos desejos e dos afetos.

Mas o mundo que destruiu as tribos e agora compõe as “sociedades das relações orgânicas” limita-se ao “minimizado”, ao “logado”... Construíram fios e tentaram fazer as conexões!! Portanto, o mundo que é o que nos resta feito uma sopa fria, se introjeta por ondas quânticas que trafegam o tempo, o espaço e os corações.

Anoiteceu, não é mesmo? Tudo está frio e cada um segue sozinho seu rumo. Solidão pura! A única cisma que há é a de se deparar com o “desconhecido” que supostamente existe escondido por traz daquele maldito ícone trazido pelo zoom que se vê todos os dias na tela azul durante as reuniões ou durante o trabalho.

German

Em Berlim


 




 







A noite

 


A noite

A noite chegou devagar e longa no lugar de alguém que esperei por toda uma tarde. Acaso não tivesse um plano A, teria bebido as estrelas…