terça-feira, 5 de outubro de 2010

É madrugada e não tenho sono

  É madrugada e não tenho sono


Não estou com sono... e também não estou inspirado para escrever... aliás, nunca estive...

Recordações de alguns encontros me surgem de  surpresa
Depois de muito tempo, as coisas mudaram e as vejo com tristeza
Coisas que eu não esperava tanto, mas não era para pranto e lamento...

Recordações de sublime encanto
Que para meu maior espanto, sobrou sequer um verdadeiro olhar...
Se restou, foram pobres e inúteis objetos trocados em datas importantes...

Objetos que agora são ínfimas recordações e inspirações do desejo
Traduzidos nas lembranças, recordações, memórias e presentes...
Marcas de momentos e sentimentos lentamente conduzidos ao desterro
Momentos e matéria que aos poucos se esforçam para escapar de errôneas mentes

Cinzas de compromissos adiados e de tempos perdidos
Circunstâncias que movimentaram dois corpos comprimidos
Fogueiras que revelaram as sombras de um amor que talvez nem existiu
Momentos e declarações que o acaso com sua boca grande mastigou e as engoliu...

 (É madrugada e não tenho sono... 06 de outubro de 2010)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A chuva cai...

  A chuva cai

 

A chuva cai, a noite vem...
E no abandono do meu quarto vazio,
Dou-me comigo sozinho, eternamente sozinho...

O dia vem, a saudade também...
Já não posso mandar um beijo...
Pois já não há pra quem...

O dia vai, a tarde chega...
A noite se aproxima, mas sem rima...
Já não há palavras, pois não há sentido...
A alegria está de férias, ou deve ter morrido...

Novamente, a noite vem fria e os sonhos sem ternura.
O silêncio, esse maestro da angústia e do tic-tac do tempo,
Agoniza a noite, minha companheira da hora dura
E então, mais um gole... mais um... mais um... acabei...


 (01 de junho de 2010)