quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Almas frias

Almas frias

Almas frias!! Hospedeiras das sombras!!
Por que adorais a ignorância como causa final?
Por que preferis a fé toldada na escuridão servil?
Por que o medo e os morcegos são vossas causas?


Por que venerais a cruz, uma coisa tão feia?
Por que fazeis das sepulturas vossos ideais?
Por que fazeis da lua escura vosso símbolo?
Oh! Ferros azuis e pretos adornam o vosso jardim!!

Acaso sabeis da existência do sol, dos pássaros e dos bichos?
Acaso sabeis dos estágios superiores, dos acordes afinados?
Sabeis da existência da vida, das montanhas e da alegria?
Sabeis que mesmo os bichos clamam pela alvorada?

Preferis a perdição dos góticos inferiores sem promessas...
Trocais a paz pela repugnância dos lodos fétidos...
São os vossos olhos sinfonias assombradas pelo mal...
Adorais o som rouco do vento que não move os taquarais!!

Sois os viajantes afogados no rio da passagem!!
Intimados a prestar contas aos anjos noturnos!
Acreditais na prevalência da morte destinada...
Na fatal agrura, escureceu o brilho da vossa mente...


Habitais a Caverna do engano sem direito a sonhar...
Esperais pelos guerreiros caídos que caçam almas...
Aqueles que marcham os solípedes da morte...
Irmãos das bestas fúnebres que se alimentam dos fracos.

Em breve, vossos caninos saltarão à procura de sangue...
Eis a vossa sina, timbrada com o selo da decadência...
Eis que a noite não tarda!! Corram!! Corram!!! Fujam!!
Ainda há um lugar onde o amanhecer é abril!!!

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