terça-feira, 18 de março de 2014

Na varanda

 Na varanda

Na varanda do décimo segundo andar apenas uma cadeira velha. Sinal de que alguém viveu ali sozinho olhando para longe e talvez sem esperanças. Sinal de que a vida passava enfadonha e devagar. Uma mesinha ao lado, denuncia as suspeitas de que o desejo de relaxar as ideias era forte. Muitos cigarros foram queimados e talvez o foram durante madrugadas em que o sono se fora e muitas lembranças martirizavam o sossego do vivente. No chão, um livro intitulado "Diário de um Jornalista Bêbado"...

 Deve ter sido alguém que perdeu um amor na infância ou recentemente. Pode ser alguém que perdeu a inocência da vida. Pode ser alguém que perdeu a vontade de viver. Não importa. Era alguém sozinho. Era alguém amargo. Que coisa! Como é bom experimentar o sabor de um beijo novo! Como é bom sentir o cheiro de um perfume bom! Como é bom se descobrir paquerado por alguém, não importa quem seja esse alguém! O que importa é que alguém ainda te deseja e isso deve ter algum valor!! O que importa é que esse alguém pode ter fantasias e imaginações... Esta é uma aventura que deixa qualquer um jovem. Faz renascer o pulsar forte da juventude.

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