Fizemos um pacto
Um dia fizemos um pacto:
Você deveria dizer-me
qualquer coisa...
Coisa triste, coisa alegre,
reclamações... tudo.
Mas você foi embora sem me
dizer uma só palavra.
Agora, vivo o tormento do
silêncio
E todos os dias vou ver o
mar
Esperando que você apareça
na brisa, nas ondas...
Mas você foi embora sem me
dizer uma só palavra...
Talvez uma dia eu me canse
e nunca mais queira ver o mar
Certamente a brisa da tarde
me trará o som da tua voz...
Com este som, o cheiro do
teu corpo...
Ah! O cheiro do teu
corpo!!! Lembra!? Eu sempre falava...
Tenho motivo para sentir
saudade, mas não para estar só
Tenho saudades das nossas
conversas... longas... longas...
Eu gostava tanto de estar
com você...
Gostava de ouvir o som da
tua voz... era suave...
Mas você foi embora e não
me disse nada, nem me xingou...
Você quebrou o tratado e as
leis da amizade...
Sua mensagem é como uma
carta que veio sem o endereço no verso...
O que você quis dizer? Se
não entendi, não há a quem perguntar!!!
Por onde anda você com suas
belas pernas?
Para onde foste que já não
ouves meus gritos?
Você bem que podia aparecer
e me dizer qualquer coisa...
Mas você foi embora e eu
sei: não vai me dizer uma só palavra...
Ainda me lembro dos
momentos da última vez em que nos vemos...
Por um instante, sinto
muita saudade, mas muita dor!!!
Preciso me despedir de
você...
Levarei comigo as últimas
recordações, apenas... penas!!!
Estas são recordações
escritas em uma alma pequena...
que ainda se lembra de como
você era tão bonita!
O tempo passou... passou...
como o tic-tac do relógio
Mas você foi embora e eu
sei: não vai me dizer uma só palavra...
Mais uma coisa, apenas...
eu também vou embora...
Quero que a felicidade
acompanhe os teus passos
E para onde fores: para o
Sul ou para o Norte,
para o Leste ou para o
Oeste: esqueças bem devagar quem eu sou...
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